1.10.07

centros comerciais que fecham





Que raio de cinzento que cobre a realidade. Um cinzento em pó, de um brilho opaco-prata.


Cinzento opaco. Cor de nevoeiro.


Cinzento prata. Cor de carro novo.


Cor de pó. Cor de tudo o que me rodeia, de todas as coisas que flutuam ao balanço das correntes de ar. De todas as pessoas que caem no azar de uma sorte. Às vezes, quando dão por isso, já não há quem as ajude, entraram pelas minhas narinas dentro. São pó de prata, e eu respiro-as e chego ao lado de lá do horizonte.


Lá tudo se cobre de múltiplas cores.


Lá me perco.