9.4.08

que

É quando surge uma nuvem no horizonte longíquo que o tempo desliza até ti e te dá uma bofetada repentina. Essa nuvem é a história que irás atravessar, e só ela te faz relembrar as notas mais melancólicas, só ela faz escorrer a tinta-da-china pelo teu papel. Que traços mais se podem inventar, que tinta há ainda por gastar, que músicas há ainda por descobrir. Que afirmações há ainda por conquistar, que coragens faltam ainda desvendar, quem queres ainda ser. Que ajudas serão ainda precisas, e que becos escuros te atrairão para o seu novelo sem fim. Que chagas mais te farão verter o teu sangue.
Que menos posso sentir?
Não seremos nunca quem nos vemos no espelho.
Não vejo que mais me falte escrever.

1 Comments:

Anonymous Anónimo retorquiu porém...

haverá sempre mais um quê por vir que nos induza a um olhar mais atento que nos (e te) faça um sentir diferente, pensar diferente, escrever diferente...

ficamos à espera da (tua) parte visível que nos inspira

*

11/4/08 5:04 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home