1.7.09

damn you




Mexer o tacho. Esperar que levante fervura. Enquanto as bolhas de azeite rodopiam, gordurosas, e se colam umas às outras, pensar em nada. No nada que és. Bolhas a vaguear no meio da sopa. Como se cada uma pudesse ter sido uma realidade diferente. E no fim, é esta na qual te aprisionaste.
Tontice.
Pensar que a vida são bolhas de azeite. Realidades criadas, isso são coisas do fundo, lá de baixo. Densas, raramente se deixam vir ao de cima, e se lhes notamos o trago é porque mexemos a colher bem lá no fundo. Remexemos o fundo do tacho.
O trago do fundo de nós.