9.8.12

círculos






Volta, que não volta. Se tiveres regressado, não estarás de volta, que não és tu, o que vem do passado. Se voltares, não quero que regresses. Se regressares, não te conheço, que viraste alguém deste futuro presente.
Melhor então, não regresses. Não voltes. Não me revoltes.Que uma revolução, uma volta do meu caminho me leva ao encontro das tuas voltas, e revoltas, e regressos. E nesse ponto, nessa encruzilhada, tudo é escuro, confuso, difuso, suspenso.
Mas nessa tangente, nesse minúsculo ponto, tudo é luz, e quente e sereno.
Não há onde dar a volta. Não tem por onde continuar. Só espaço para voltar, e voltar, e voltar.

 E não sabes se circules, se voltes a circular. Em círculo, re-voltando.