2.9.13

de vez em quando



pegavas nela e levavam-se ao cinema, a beber, a ver o mar. Todas as pessoas a passar, e era normal. Cinema francês não, um vinho do Porto já pode ser, aquele mar do sul, tão brilhante. E ninguém reparava. Como se fosse normal as mesmas 150 pessoas escolherem o mesmo filme. O mesmo vinho. O mesmo mar. Pegavas nela e as coisas passavam por vocês. Faziam-las passar por vocês. Disfarçá-las de vós mesmos.

E, no entanto, todos eram assim. Não fazias ideia do que era aquilo. Não sabias, não percebias que era a posse. Dela.

«O "meu" do amor é sempre entrega. És minha porque tens o meu coração em ti, não o contrário.»