11.10.08

questão





Numa espiral, cada ponto de luz (de cor, de coisa, de) supera-se a si próprio, revoluciona-se, caminha em constante resvalo. Há sempre o movimento, para o infinitamente grande, ou para o infinitamente pequeno. 


Não me aturo a mim própria. Não tenho paciência para mim. Como se tivesse que existir uma evolução, ou uma revolução para o infinitamente grande. Ou o infinitamente pequeno. Para um infinito, sequer. O horizonte é muito longe, e o infinito mais longe ainda. Podia pedir um qualquer desses emprestado, para trazer no bolso, só para o caso de alguém me perguntar pelos meus horizontes, ou que caminho tenciono percorrer rumo ao infinito. Talvez compre apenas um passe social, daqueles que o pica quer que mostremos, quando por acaso nos cruzamos a caminho de uma qualquer mira-sintra. O meu infinito não existe, eu não me revoluciono, tenho um fim e está já aqui na ponta dos meus dedos. E o que mais queiram, não sei como se alcança, eu cá vou só até ali a uma mira-sintra numa estação qualquer.