16.3.10

estranho




é a palavra. Melhor, não é, mas não vejo outra que consiga encerrar em si a confusão, a mistura de coisas opostas e idênticas, a preocupada despreocupação, os sentimentos.

Não há nada que mostre o que aconteceu, o que não chegou a acontecer, o que aconteceu por um triz, o que devia ter acontecido e o que nunca deiva ter acontecido.

Não há palavras que me possam perguntar que eu possa dizer, nem há quem saiba as palavras que pergunto se existem fora de mim.

Melhor que a palavra estranho, só a palavra sonho.