30.8.12

o passado já chegou




E agora, que fazer? Que lhe fazer? Dar-lhe um estalo? Um abraço? Deixá-lo à porta? Dar-lhe um sermão, porque é aquilo que foi, mas que tantas vezes poderia não ter sido? Gritar com ele, para que páre de assombrar as casas de hoje? Dar-lhe um lugar à mesa, servi-lo, e ficar horas a conversar com ele, a ouvi-lo contar as suas histórias de sempre? Como um velho, que repete a sua vida, por não lhe sobrar mais que viver?


Para quê. Para quê dar-lhe de comer e parar para ouvir um bicho estranho.