domingo
Olha, pingos vermelho-sangue à tua frente. Cor escura, quente, melosa.
Olho-os, não sei o que vejo. Só vejo barulho. Queria tanto ver silêncio. Vê-lo, balançar-se, suave, à minha frente. Não sei bem o que vejo, não tenho a certeza do que quero ouvir.
Balançar, com a brisa, só. Deixar os pesos escondidos por baixo das folhas de outono, como os esquilos e as bolotas. E ao subir da primavera, ter-me esquecido de onde os escondi.
Vermelho-sangue.
Comi uma romã, e o escuro e quente e meloso ficaram espalhados, em pingos, à minha frente.
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