9.3.12

never ever there




Nunca estás lá. Porque chegaste tarde, porque não tinhas como chegar. Porque andavas à deriva, porque o vento não estava de feição. Porque sim, porque te deixas ir, porque não te guias. E nunca lá estás.
Ficas fora. Perdes momentos, perdes os teus momentos, como se nunca tivessem existido. Num mar de nuvens cinzentas, como as semente voadoras do dente-de-leão. Deambulas, vagueias, flutuas ao sabor da corrente.
E não há conclusão, nem moral da história.

Não estiveste lá.