Desci
a rua. Senti os buracos no asfalto. Reconheço-os. Lembrei-me. Mas não sei do quê. Não é meu, este asfalto. Saí da memória, e é como se nunca a tivesse tido.
Vazio.
Pertença.
Não me pertence - não sou eu. Essa mão, esse olhar, esse cansaço do fim da noite.
Não sou eu.
Hoje, a memória é diferente. É vizinhança. É passagem de bons momentos.
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