31.10.12

sonhar para sempre





Fazes asneiras, o que te apetecer, quando calhar, não importa - são sucessões de sonhos, de desejos, nem sempre de realidade. Quase nunca. Sons. Vê-lo, deambulas por aí. Perdes o teu propósito enquanto do lado de fora da janela cheia de carros, pessoas deambulantes, gases de escape, chuva. Não há verbos.

O dia choveu-se. Pingaram as coisas, as cores, as horas. As tuas certezas, esvaídas na sarjeta entupida. O cinzento do céu nas tuas rugas de expressão. 

Pensas que fazes asneiras.

O dia choveu. Caíram os sonhos, os verbos, as certezas.

E chegou a noite quando acabei de chover.