ponto
Oiço o som. Naquele som, estão todos os pontos, traços, caminhos feitos, desenhados, programados e desejados. E num único ponto, tanta vida que se revira. Muda, revolve, desaparece e reaparece. Naquele ponto que ouvi, há muito tempo (parece sempre tanto tempo), não existia o futuro. Não poderia lá caber. Os presentes nunca são os futuros que imaginámos nos nossos passados.
Caminhei muitas vezes ouvindo aquele som. A esperar que não fosse aquele o caminho. Mas foi, é este mesmo.
E hoje, estou noutro ponto. A ouvir o mesmo som.
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