2.10.12

ponto



Oiço o som. Naquele som, estão todos os pontos, traços, caminhos feitos, desenhados, programados e desejados. E num único ponto, tanta vida que se revira. Muda, revolve, desaparece e reaparece. Naquele ponto que ouvi, há muito tempo (parece sempre tanto tempo), não existia o futuro. Não poderia lá caber. Os presentes nunca são os futuros que imaginámos nos nossos passados.

Caminhei muitas vezes ouvindo aquele som. A esperar que não fosse aquele o caminho. Mas foi, é este mesmo. 

E hoje, estou noutro ponto. A ouvir o mesmo som.