30.11.10

ai



que hoje ouvi as musiquetas de natal no rádio. Como se não bastasse o aquecedor colado à perna.

Ou o mar de folhas amarelas a espraiar-se pela calçada fora, com verdadeiras ondas de folhas a varrer o passeio.
Ou a chuva de folhas enquanto esperava na paragem do autocarro.
Ou o tecto do jardim com cada vez mais espaços livres para o céu espreitar.
Ou o céu cinzento, egoísta (nem um raiozinho de sol cabe ali). E esta chuva fria.

Sei lá eu o que é o natal.
Acho que é cada vez mais pequeno. Em tudo.
Pequenino, pequenino.



23.11.10

série de









como dizer, naturezas.


7.11.10

série de







sobreflash.



série de











sobrebranco.

cair

E então, como é que isso se faz? Aquelas expressões todas bonitas, que tão bem sabem escrever. Digam, agora, como é que as fazem, a parte das mãos na massa. Como é que se cai. Em queda livre. Digam lá, se se acham capazes de cair. Virar as costas, descair, desequilibrar o corpo. E sentir gravidade só, e nada mais. Como é que são capazes de soltar o que quer que seja, se nós somos bichos dos que recolhem, não dos que largam, aquilo que sempre dizem das amarras, e agora, como é?
Vá!



Caiam, atirem-se.


Atrevam-se.

E quando lá chegarem, digam-me como é que se faz.



É que eu queria.