31.1.05

post-this

Como descrever no papel electrónico o sentimento que se escreve na alma sem querer?
Alma.
Lama.
Mala.
Amala.
Ama-la.
Ama.
La.
A.
Ama, pois então. Sente que a amas. A ela. Ela. Quem quer que ela seja.
Ela, a alma.
Ela, a vida.
Ela, a entidade maior que todos nós.
Ela, a doninha.
Ela, a árvore.
Ela, aquela pessoa especial que não estando vive para sempre aqui. Neste papel electrónico. Ou neste sentimento de alma impossível de exprimir aqui.

mais uma volta até ao restelo...

A aguardar ansiosamente a passagem à fase seguinte...Força nisso, Quim ;)

30.1.05

o meu querido diário

Essas coisas de diários e de escrever todos os dias nunca foi comigo (nota-se,não é?). É que o pior nem é deixar de escrever o que quer que seja passado uma semana, é mesmo reler o que se escreveu e simplesmente achar tudo ridículo. Mas como achei que os últimos post(es) andam um pouco... sérios...resolvi fazer-vos aqui um resumo do meu fim de semana em palavras-chave(não hipótese, têm que levar sempre comigo em cima!). É que a realidade é sempre mais hilariante que a ficção...
Atão cá vai:
sono
madrugar
verde
muito verde
andar
por montes e vales
brinquedo novo
sushi
ambas menos 3 e picaroto
olha!!
Eu ando aqui que nem sei(acho q era assim a frase, mais uma a acrescentar à check list!)
pastel de nata (bém, por enquanto vamos manter este blog livre d ordinarices...)
poeira
sono
madrugar
sono, muito!

29.1.05

Fim.

“Vamos lá embora, que eu quero fechar a loja!”
No fim do dia, mesmo lá no finzinho, nesse curto espaço de tempo, nesse bocadinho...é o nada.
Vazio.
Só.
E nessa eternidade minúscula de tempo não há nada a fazer... é esperar que o dia acabe.
Ponto final.

27.1.05

amanhã, quem sabe...

Um dia, alguém acordará e verá que tudo aquilo quer era suposto ser, foi. Mesmo. Tal e qual aquilo que queria, que pensou, num momento algures antes. Até lá, continuaremos a viver os nossos dias como sempre, como hoje.

quer-me parecer que hoje esteve uma beca frio...

Acordar às sete da manhã, sair para a cidade, aterrar num imenso carvalhal... ouvir as árvores. Morrer de frio, aquecer com o Sol e em silêncio sentir o vento enregelar... as árvores falam. Cantam. O resfolhar das folhas, o chiar dos ramos... acordar às sete da manhã, morrer de frio e encantar-se, inebriar-se com a Natureza.

25.1.05

essas fontes de informação que são os telejornais...

Ficar a saber que um homicida entrou num café de aldeia, pediu uma jola e umas sardinhas, pediu a conta e o troco em rebuçados do dr. Bayard parece-me mais do que importante, parece-me qualquer coisa de muito fascinante...sobretudo a parte do troco em rebuçados, afinal há costumes que ainda não se perderam! Vamos todos aderir a este movimento, reavivar este costume tão português e deixar de andar com trocos na carteira!! Os rebuçados têm é que ser do Dr. Bayard...

qualidade de vida

A propósito de anhar. Não fazer nada, ou fazer qualquer coisa porque nos parece ser O melhor para se fazer. Anhar em qualidade, isso sim. Isso é qualidade de vida.
Que qualidade de vida? Indicadores sociais? Económicos? Eu prefiro os indicadores pessoais.
Acordar com a luz do amanhecer. Acordar depois de já tudo ter acordado. Acordar com os pássaros. Acordar e sair para aquecer com o Sol, esse sol de Inverno. E ver a primeira andorinha do ano a riscar o céu. E ouvir as crias a pedinchar comida. Passar uma tarde bem passada com um amigo. A beber chocolate quente. Em frente ao mar. De tempestade. Ficar horas indefinidas a olhar o lume. E horas indefinidas a aquecer ao lume. Horas e horas a aparvalhar. A rir, francamente. Comer boa comida (a da mãe, da avó, da tia, ou do tio, do avô, do pai... ou a de todos os dias). Beber boa bebida (um copo de água pode saber tão bem). Respirar ar puro. Passar a noite a ver estrelas. Cadentes. A lua. Voltar a casa. Sair de casa. Reparar de repente que estamos cheios de vontade de trabalhar. E que trabalhamos mesmo. E que até podemos tornar interessante aquilo que fazemos. A música. A que ouvimos, que vivemos, que inventamos, que mostramos... o que sentimos com a música. Com quem o sentimos. Adormecer. Serenamente. Depois de fechar o dia.
Com tanto indicador de qualidade, escolhem-se sempre os mais infelizes...

Sol de Inverno

“Slowly breaking trough the daylight”.
Uma luz quente no meio do frio. Cega-me, aconchega-me, Mantém-me. Move-me. Mantém-me imóvel. Conforta-me.

Sabe bem, o Sol destes dias. Muito bom para anhar, calmamente.

23.1.05

no fim de tudo I

(Mais duas coisas pretensiosamente sérias achadas no baú electrónico às portas da morte...escritas em tempos diferentes, mas contínuos).


No fim de tudo...fica-se a digerir...a acabar com os restos...recorda-se o que já se acabou. Regurgitam-se algumas coisas, como quem não quer a coisa. Mas geralmente o prato fica bastante vazio. Fica-se num vazio. Às vezes difícil de (re)preencher. Às tantas, começa-se a vaguear, a andar, a correr com a rotina habitual e quando se dá por ele o vazio já está preenchido. Ou melhor, deixa-se de se dar por ele. Tapamo-lo com outras coisas, restos, regurgitações. De outras rotinas, pessoas, coisas. Ah, e Feliz Natal.

no fim de tudo II

No fim de tudo... é apenas um novo começo, num novo universo. No fim de tudo... "friends will be friends". Espera-se. Fica-se. Com a alma calma, como se a maré baixa tivesse chegado. E volta-se ao início. Simplesmente. Vive-se de novo. De Novo. Como Novo.

22.1.05

puras parvoíces

Bolas, era suposto este post (poste em português) ter chegado às bancas na sexta-feira, estas altas tecnologias trocaram-me as voltas. Ontem até tinha piada, hoje já se assemelha mais a um manifesto escrito ou qualquer coisa assim. Anyway, por uma questão de solidariedade (ou de pura parvoíce) vou postá-lo na mesma (que é como quem diz, cortar às postas...ou então preciso de um dicionário de inglês...ou de parar de escrever puras parvoíces!).


Bom, bom é uma pessoa (ok, duas :-)) andar quê... tipo... uma semana inteira a tapar buracos! Ah... arrumar a porcaria que ficou a cheirar mal todo o fim de semana.... Ah... pensar criticamente, não esquecendo a criatividade... Ah, mas é que afinal já não dá para fazer o trabalho que estava marcado... fica para a semana que vem! Ah, pois, os passaralhos... só lá para Março...ah, e já agora... mais uns relatórios!
Pois, disponham, estão à vontade!!! O que vale é que até está bom tempo... e a malta vai-se distraindo... mais ou menos. Vale também a sexta-feira, além de ser a introdução ao fim de semana é o único dia em que sabemos (mesmo) o que vamos andar a fazer!
Por isso é que há tempo para esta palhaçada (e outras), por isso é que acho que vou dedicar a tarde a pôr em dia os dvd’s emprestados... ou então pensar em fazer algo eventualmente mais útil :P

saudades...

Uma coisa que fazemos sem pensar pode tornar-se na melhor recordação dos últimos tempos. Pessoas que descobrimos ser muito mais importantes do que achávamos. E depois não poder estar com elas, não saber nada delas. Acontece sempre tudo ao contrário! Até o que é bom...

PROCURA-SE

Neste (mais um) magnífico dia de sol (e muito trabalho árduo, pois claro...), dei de novo por falta de uma coisa:

PERDI os MEUS óculos de sol (ou escuros, ou como raio se diz, aquelas coisas que se empinam em cima do nariz e que supostamente protegem do Sol mas que no fundo só se usam para dar um certo estilo) algures entre Sousel e o Monte Abraão!!!!!!!

A quem conseguir a fineza de os encontrar (e mos devolver, claro) serão ofertadas as devidas recompensas...(ou por outras palavras, "dão-se alvíssaras!")

E para quem não percebeu a gravidade da situação, basta dizer que NÃO VEJO PUTO quando vou a conduzir rumo ao meu local de estágio às madrugadoras 8 da manhã...essas afortunadas viagens são basicamente uma questão de fézada e...pés nos pedais (quaisquer que eles sejam!).

Tenho dito (por hoje).

20.1.05

já agora, que dei de caras com o discurso do reeleito king of the world

"Freedom is the permanent hope of the human kind."
by G.W.Bush

Frases que se ainda não o foram, deviam rapidamente ser eleitas a provérbios! (ou qualquer coisa tão importante como um provérbio)-parte II

Se repararem que utilizam repetidamente as expressões abaixo inscritas...tenham medo...ou manquem-se!!!

Ninguém se mexe! Eu tenho luvas! (ou éter, ou qualquer outra coisa igualmente ridícula)
Bém... cá estamos!
...Temos pena!
Fica-te bem, és alto(a).

(as frases acima escritas estão directamente relacionadas com o meu local de trabalho etudoetodos que lhe estão associados.)

... Estou à espera de mais constribuições para completar esta check-list!!

dá a volta, se encontraste aquilo que não querias

Ser optimista hoje. Será assim tão estranho? Como é possivel ser-se por natureza uma pessoa optimista, pensar em lados positivos de coisas, se as coisas que nos povoam hoje são, dizem, negativas? Eu sei, há muita dor por aí, não sei como é que se vive com ela, apesar dela. Será que isso me impossibilita de sorrir um sorriso optimista quando dou por um bêbado a fazer toscamente os gestos de um pai-nosso cantado numa qualquer missa de domingo? Será que por ouvir histórias (não, relatos de vidas verdadeiras) de amigos que roubam, meninos que levam porrada na escola e que pedem dinheiro para os pais, amigos que morrem sem avisar, tudo isto de rajada, num só dia, em poucos minutos, será que por saber que tudo isto existe, por não o viver directamente, isso me dá (ou tira) o direito (ou a mania) de querer ver coisas boas, sentir tranquilidade, paz, serenidade, alegria? Será que sou estúpida? Que parvoíce, que arrojo, andar por aí a sorrir depois de saber de coisas destas, ou piores. Até parece inconveniente, logo agora que até me sinto mais ou menos...bem. Não quero de forma alguma negar o sofrimento, a tristeza dos outros. Quero, isso sim, pegar em tudo isso, remexer com o meu optimismo e com alguma sorte, devolver alguma motivação positiva. Porque se há coisa negativa, é a imobilidade da desolação. É ficar devastado, e não se conseguir sequer pensar em não o estar. O que está errado não é o que de mal nos acontece (embora também possamos dissertar sobre esse assunto um dia destes), é sim a não reacção. Deve ser aquilo a que chamam “dar a volta por cima”...

18.1.05

Bém...cá estamos!

Sempre achei fascinante esta mania de a malta se apropriar das expressões alheias e de as repetir insistentemente até à exaustão. É nestes e noutros pequenos absurdos que nós (os entendidos na matéria...) nos apercebemos do quão acertada parece ser a teoria do velho Darwin. Toda a gente devia assistir pelo menos uma vez na vida a uma aula de etologia (Jocas alucinados à parte, claro está) para perceber REALMENTE as semelhanças dos nossos comportamentos aos dos restantes organismos do nosso reino (animal). Pior ainda, ponham-se a fazer um estudo de um grupo de primatas e vão ver. Estão lá os amigos, a mãe, o pai, o irmão mais velho, o irmão mais novo, os maus da fita, o amor da vossa vida... até vocês mesmos! Quais macaquinhos de imitação...

no outro lado do dia

Mais um escrito achado no baú...

Há dias em que me olho ao espelho e não me vejo. Talvez só os outros vejam essa imagem de mim, eu nada vejo nesse espelho. Há dias em que só se vê uma imagem de mim. A deambular por aí. Igual a todos os dias, mas sem mim lá dentro. Ninguém dá por nada. Depois, eventualmente, volto. E os dias continuam iguais a si mesmos, e eu continuo igual a mim mesmo. Por onde ando, quando não ando comigo? Há dias em que me sinto no outro lado do dia. Twilight zone... Mas não. Sou mesmo eu. Ou melhor, esta imagem de mim, que todos vêem, sou eu mesmo. Para todos os efeitos. Terá que servir. Provavelmente terá melhor aparência que eu mesmo, afinal, é uma imagem saída do espelho. Há dias em que vivo do outro lado. Estou no outro lado do dia. E sou apenas eu. A deambular por aí. Existências paralelas...
Espero que o tempo melhore depressa.

Frases que se ainda não o foram, deviam rapidamente ser eleitas a provérbios! (ou qualquer coisa tão importante como um provérbio)

Trabalho atrai trabalho.
Quanto menos fazes, menos te apetece fazer.
Vê se me apanhas. (em homenagem à minha querida bea, e à sua tradução livre de “catch me if you can”)
Se mal o pensaste, pior o disseste.
Mais tarde ou mais cedo, não há sardinha que não dê em rato.
Pára junto a um pinheiro, aí há rede.
Não pares junto a uma antena, aí não há rede.
Se estiveres num parque de estacionamento e ouvires tiros de caçadeira, abriga-te, estás nas traseiras de um clube de tiro.
É que até deves!

17.1.05

Para variar, a desocupação...

Que tarde tão fixe! Sol, azul, verde, calor(ameno), não trânsito,já não ter aquários para lavar nem salamandras ppara apanhar... Então porque raio vim direitinha para casa??? Tanto mar por aí...

16.1.05

Ao amigo desaparecido...

tudo começou há uns meses atrás, quando num destes momentos de desocupação resolvi escrever uma carta...

"Querida Joana (nome irritante que quase todas as pessoas especiais da minha vida conseguem o dom de ter...):

Não sei como começar isto (embora tenha havido um tempo em que gostava de escrever cartas) por isso o melhor é ir directa ao assunto.
Não sei (de novo...) o que aconteceu, não consigo encontrar causas para uma amizade que adormece (ou desaparece). Queria não questionar isso, mas acreditar que às vezes as pessoas simplesmente desaparecem... é difícil. Porque há pessoas e pessoas, as pessoas que saem do comboio em qualquer estação desaparecem em três tempos e ninguém questiona isso... todos temos a nossa vida. Mas depois há pessoas que um dia chegam, instalam-se em nós, vivem connosco... e desaparecem. E às vezes custa um bocadinho. Especialmente se forem pessoas que talvez nunca tenham percebido a importância que tiveram, a quem se calhar talvez devêssemos ter dito alguma coisa que nunca chegaram a ouvir... mesmo que desaparecesses depois, era importante para mim, e se calhar mais ainda para ti, saberes que eu estive lá para ti, para as tuas alegrias e para as tuas mágoas. Era importante para ti saberes que me ensinaste muito, não porque o quisesses fazer, mas porque aprendemos sempre com os nossos amigos. Aprendi muito do que estava escondido em mim até então, aprendi muito sobre os outros que me rodeiam, afinal eu era muito mais igual a eles do que julgava. Já não sei com certeza o que pensavas de mim (gostavas de mim, eu sei, mas sempre fiz bem o papel de irmã mais nova que dá vontade de levar para casa) e lembro-me de por vezes ter medo do que achava de ti porque sempre tive medo de me acorrentar às pessoas especiais. De deitar fora a chave do cadeado que prende a corrente. Ainda tenho. E no entanto é o que está sempre a acontecer. Aconteceu contigo. Acorrentei-me a ti, vivi muito contigo ao meu lado, mesmo quando já estavas a desaparecer. A corrente ficou ferrugenta, foi-se partindo. Mas ainda encontro pedacinhos dela por aí. Por vezes (como agora) gostava de a reconstituir. Será que ia ter a mesma força de antes? Será que valeria a pena... Não te quero incomodar. Tens a tua vida, eu também já tenho a minha. Mas quero dizer (e ficaria muito feliz se ouvisses) que houve uma altura em que eras muito importante. Pelo menos para mim. Quando andavas triste eu andava triste contigo. Sei que não fui eu quem te ajudou a ser feliz de novo. Desculpa. Mas nunca deixei de te ter comigo, e de cuidar dos pedacinhos de ti que ias deixando comigo. Pedaços de flores, pedaços de papel. Por aí, comigo. Talvez nunca te tenha dado a amizade que precisavas. Mas, entendes, estava demasiado ocupada a aprender contigo. Essa coisa da amizade. Por isso é que se hoje tivéssemos a mesma corrente acho que te teria dado mais do que dei. Parece, até, que me esqueci dos momentos puros que passámos. De felicidade. Franca. Mas não te quero incomodar mais. A sério. A menos que queiras.
As amizades verdadeiras podem acontecer, mas precisam sempre de uma manutenção... Foi isso que faltou na nossa corrente? Mas agora a sério, só gostava que fosses feliz. Tu mereces. És boa. Ainda que a tua bondade se tenha escondido juntamente contigo, eu sei que és.
Pronto. Acho que era isto que te faltava dizer. Talvez ainda não tenha dito tudo...talvez nunca venha a conseguir. Mas hoje já é um começo. :)"

Um dia ainda hei-de escrever num blog a sério...

Pá, apeteceu-me. Vou tentar não ser demasiado egocêntrica, mas quando escrevo em vez de falar, torna-se difícil. Se chatear muito, avisem. Se não tiver piada, avisem. Não se preocupem, isto não é nada de muito sério. :)

Para quem não percebeu, este é o post d apresentação deste blog. Coisa muito formal, hein?? Anyway, acho que tenho que explicar o modo de funcionamento deste blog. Este é um blog que além de não ter nome, nasce desactualizado. E isto porque o que irá surgir aqui são coisas que andam perdidas no computador há já algum tempo. Não se espantem se um dia destes virem aqui um post a desejar um feliz natal... Apesar disso, vou tentar manter uma ordem cronológica qualquer.

até um dia destes.