26.7.07

absolutamente


Não me
apet

e

c

e

nad
a.

20.7.07

continuum

Ouves uns risos. Ouves um acorde, um arpejo. Pensas no teu sonho. Ouves mais alguns barulhos. Garfos, pratos, copos por onde escorrem bebidas. Continuas a tocar. Estás onde sonhas. E o teu sonho são esses acordes. E chove lá fora, e as flores que tens na mão estão murchas. Não faz mal. Este é o momento do teu sonho. Dos teus acordes.
E depois... depois é duro acordar.

19.7.07

simbioses





Sai de cima.





pedras





Não sei se têm uma parede, indestrutível. Se bebem chá e respiram fundo. Se escrevem semelhantes a esta. Se ficam brancos, quando tudo está preto, e querem virar-se do avesso para continuar a direito. Não sei se ficam paralizados.

Mas se ficarem como eu, então sei que estão cansados. Muito.


Todas as pessoas que têm música na cabeça são lamechas. Não há nada a fazer. Disfarcem-se como puderem, mas eu sei que são.

15.7.07

rootless tree



Há dias de mochila, máquina fotográfica e ténis. Noites de beijinhos, DVDs e puffes. Em que o tempo se nos vai escorrendo lentamente pelos olhos, mas com um sabor agridoce de languidez.



Lembras-te de ter segurado uma mão? De como sabe bem.



O tempo escorre, e amanhã, ninguém dará por nada.





11.7.07

para o aniversário do Luz na Escuridão




Revês-te aqui? Que parte és tu, o verde, as nervuras, as gotas. Uma gota?


A luz.


O que não se vê. Sem a qual não se vê.



É o que faz parte de cada um de nós.


O insondável.


A leveza.


O ser.


;)

parabéns por iluminares escuridões.

9.7.07

montes de vendavais

E não é que o sacana do mar hoje estava lindo, lindo de morrer? Que se um abanão mais forte do vento me fizesse escorregar rochas abaixo, eu teria agradecido profundamente? Fez-me lembrar o mar dos Açores, o oceano inteiro a chegar à beira dos meus pés. Nem valia a pena andar meia hora a pé, nem foi preciso que o sol se pusesse. Assim, só, azul, verde, estridente, brilhante, cristalino, mar.

7.7.07

part-time nº2






Há quem pague para andar por entre este verde.


Há quem seja pago para isso.
Como eu.

3.7.07

câmara obscura

...E ainda que não tenhas nada, mais nada, ainda assim. Sentes-te cheio, a abarrotar. Irás explodir? Explodir de nada.






Implodir. Comerás as tuas entranhas, as unhas que róis, para voltarem a ti. Para alguma coisa voltar a ti. Para voltar, só. Alguma coisa. A mais pequena que seja.



O tempo pára. O mundo escorre-te das mãos.




Tão vertiginosamente lento.

2.7.07

p'ra lá do longe XXVI



Muito p'ra lá. O mesmo Sol, tantos olhares.


respirar, quer-se




Quem quer andar meia hora por dia comigo? Diz que é terapêutico. Andar. A pé. Pois, pois.
Tem a ver com as testas aqui de baixo e tudo o menos.
Prometo andar por sítios catitas.

Estão abertas as inscrições.