p'ra lá do longe II

Saramagos, diz o Sr. João.

há dias em que,

rais'parta, a música dá cabo de mim.

p'ra lá do longe I

Esta é tresmalhada.

a ver o fogo de artifício

É preciso por tudo em perspectiva, como se diz, ou estaría(mos) constantemente a bater com a cabeça nas paredes.

mas está a ficar tarde

E hoje podia continuar por aqui, a imaginar pessoas, a inventar dias, a pensar em dúvidas dementes, e a ouvir o que sempre oiço aleatoriamente. Já tinha decidido, vou inventar uma secção de fotografias de um sítio que cada vez mais gente conhece, e quem sabe não me vou por a citar livros também (não fosse o rígido livro de estilo-hoje vai assim mesmo, sem link nem nada)?

Não há pressas. Os protões e os electrões hão-de exixtir até ao fim dos tempos.

(e há relas manhosas com servidores de má qualidade em promoção, acima de tudo isto)

nada, ninguém

E a certo dia, resolveu dizer:

"Chorei muito, muito. Chorei muitas lágrimas. Ninguém tem culpa de nada. E sempre respeitei toda a gente, só ela não me respeitou. Ninguém tem a culpa da vida..."

so_be_it

Demorei tempo demais. Demorei bem mais. Vejo um alguém a flutuar, como uma última visão antes do amanhecer. Eras esse que ficava, noite após noite, imaginação vista e ouvida. Demoraste bem menos a ser real. Só agora começo a devolver-te à realidade. Conheces-me pouco.

Que assim seja.

heter_ónimo

"Ó sempre mesma dor do pensamento"

azares

Lembram-se daquele filme, o "Matchpoint"? Da teoria de que a bola quando bate na tela da rede tanto pode cair para o nosso lado, como para o lado do adversário? Pois bem, por três vezes hoje atirei a bola à rede. Por três vezes ela foi cair no lado de lá. Mas nem por isso ganhei o jogo.

E ainda lesionei o adversário.

Por três semanas.

tardes de primavera

Enquanto há quem se esconda debaixo dos lençóis, há quem vá para a rua ouvir a tempestade chegar. Adensam-se as nuvens. No horizonte, adivinha-se a chuva. O cinzento chumbo apodera-se da atmosfera, e, lá nas alturas, dois ou três milhafres sobem pelo ar quente. Até desaparecerem em pontos no céu. O vento sente-se. Anuncia-se em rugidos fortes e breves. O primeiro clarão. Ouve-se o ar a gritar, ao longe. E, cada vez mais perto, o silêncio das aves vai sendo substituído pelo silêncio do vento. O cinzento cor de chumbo não mais deixa ver o horizonte.

A primeira gota. Gorda, de chuva. Desfaz-se estremecendo no chão.

Mesmo a tempo de aquecer o chá e ir bebê-lo à lareira.

por falar em tampas de iogurte

Alguém que explique por que é que "para que a amizade convenha é preciso que vá e venha".

É uma característica?

É um teste?

Uma necessidade?

..."É a viding"?

documento 1

E para começar um trabalho, nada melhor que ter uma página em branco todo o dia.

até que....

Como sempre, não se explica.

Porque basta pensar em não querer qualquer coisa, para que,

para quem,

pára:

para essa coisa aparecer.

Assim foi,

e agora que já tinha perdido o caderno verde,

(aos papéis,)

foi quanto bastou. Ler um livro, ouvir uma música, dar uma volta, beber um copo.

Pensar que

"não se vive, mas que se vai sendo morto pelo tempo".

01h00.

pausas

Não há nada. Não há nada que possa ser dito, escrito ou contado. Não há com que preencher este lugar.
E só porque as imagens valem como palavras é que algumas cá têm caído.

E pronto.

pórtico IV

pórtico III

pórtico II

pórtico I

depois da tempestade...

... Pode já não haver tempo para a bonança. Depois de tanta coisa (tanta tristeza naquele olhar), sei lá eu como é que se faz.

Como é que se dá.

Um olhar de Esperança.

que(m) procuras

Dei por mim à procura de um livro, como que à procura da minha vida perdida.

Porque há livros por aqui que só se encontram quando não se procuram. Como quando somos encontrados por quem não imaginamos que nos procure, e por mais que procuremos, não conseguimos encontrar quem imaginámos.

E, como quem suspira, olhamos pela janela o céu amarelado de candeeiros nocturnos. Imaginando que se encontrássemos aquele livro...