29.6.06

lugar-comum

Hoje tinha decidido que ia empenhar todas as minhas forças numa procura. De uns acordes que percebi, logo a seguir, que não me serviriam de nada. O que está por trás deles continuará a escapar-me, a escapar-se. Só porque me pareceu que era importante procurar, saber onde encontrar. O quê, era perfeitamente irrelevante.

28.6.06

p'ra lá do longe VI

De fugida.

lugares


De novos sussurros.
De feridas.
De solidões que se abrem em novos sorrisos.
De folhas, de cheiros de papel e de magnólias.
De engravatados.
E de gargalhadas deslocadas do espaço, e perfeitamente colocadas no tempo.



Está saldado o nosso almoço. Está corrigido o link.

26.6.06

pancas, pois




Já não se pode ir observar rapinas em paz, e é-se logo brutalmente atacado por insectos de espécie não identificada.

'Tou com o braço feito num trambolho.

Vou só ali arrancar as pulseiras do pulso, está-me a parecer que podem a qualquer momento cortar a circulação e eu não quero perder a minha mão (direita), ainda.




25.6.06

súb|ditas sensações



E quando uma música te parece tão confortável que já não lhe reconheces a origem, sabes que ela vive lá, dentro de ti, e sem dizer nada, aparece-te de vez em quando para te lembrar que nem todos os arrepios são de frio.




21.6.06

g

a

t

o

s

18.6.06

parus e pouco mais


É que se há coisa que eu gosto de matar... são saudades*.

Hoje foi uma bela tarde de mortandade. Aguardam-se desenvolvimentos.



* depois de vez em quando dá é vontade de esfrangalhar alguém...mas o sorriso final é diferente.

15.6.06

nevoeiro

Gosto do swing do baixo que acompanha o escuro baço onde durmo. Conta-me tu, que não me ouves, o que eu não vi. Já não há mais comboios para esse destino. Os violoncelos, em cadência perfeita, marcam o tempo. E os violinos, depois, numa só voz de dor.
O nevoeiro adensa-se.
Sonho.

13.6.06

10 coisas

Odeio o modo encurvado como andas, que mastigues de boca aberta a olhar para mim como se não pudesses fazer nada. Mas não, o que detesto em ti não é isto, é teres a mania, o feitio, de agradar a toda a gente, de te abstraires do teu ser, se preciso for. Ainda te reconheces? (eu tenho as minhas dúvidas, por vezes) Que vejas o que te apetece na tv, que comas o que bem entenderes (eu sei que não), porque odeio que tenhas os tiques tremendos que tens só porque alguém criou essa imagem de ti. Que sejas tão dócil. Odeio que sejas bom para mim.
Mas se algum dia to disser, sei que não vais compreender, e que me vais perguntar com essa voz tão bem treinada de carneiro mal morto, porque é que não gostas de mim?
Só que eu gosto de ti. Apenas odeio o Tu que não és.

anhar em qualidade...






... é que nem vos digo nada!






(nem mostro fotos...)

p'ra lá do longe V

Olea europea L.

8.6.06

p'ra lá do longe IV

Em antecipação do fim de semana.

de leituras avulsas

Qualquer coisa como "é quando mais queremos conhecer alguém que mais falamos de nós próprios". Assim já se explica qualquer coisa, mas há qualquer coisa que se torna inexplicável. Mesmo quando narrado acerca do Modelo Fotográfico Que Tinha Uma Arma.
"Cada homem transporta dentro de si o seu bestiário privado", disse o Juíz Que Via Porcos A Voar. E não é quanto baste para reconhecermos as nossas próprias fábulas.
E havia mais uma frase, de um terceiro livro, que como sempre, desmarquei por engano.

6.6.06



3.6.06

p'ra lá do longe III

Lavrado. Início de qualquer coisa.