23.2.13

resposta





a todas as perguntas. As metafísicas, as domésticas, as irracionais, as essenciais, as irrelevantes, as musicais, as temporais, até aquelas para queijinho.



É esperar que passe.



Só.

Pronto.
Se houver um sofá confortável por perto, melhor.



20.2.13

tempos perdidos, tempos ganhos



E o estranho que é, dizerem-te, entenderes, sentires que não, não é estranho, é assim mesmo. Que tens razão, que isso que pensas é o que está certo. Que tens aquela zona de penumbra que permanece num canto qualquer. E que estranho é saberem onde fica esse canto de ti. Que a podes deixar estar, que lhe podes apontar um foco de luz, não interessa.

És assim.


15.2.13

quoting






"Não gosto de gente feliz. Gentinha. Gentinha daquela que anda atarefada sem pensar na vida porque quem pára, pensa e quem pensa, deprime."


Preciso é de uma massagem. O peso do que vagueia dentro da cabeça ressente-se no pescoço.






11.2.13

escrever










Há uns rascunhos, umas imgens, alguns tempos, coisas quase sentidas. Palavras, quer de ontem, quer de há anos.
Podiam ficar bem aqui. Mas sabe melhor deixá-las de lado. Como que a marinar. Ou como que a escondê-las da cor dos dias. Ou de mim.











2.2.13

o que falta ver



É verdade. Todos sabemos. Que não, que depois das noites chegam os dias, o sol fura o nevoeiro, o trânsito dissipa-se fora da hora de ponta.

Mesmo assim, nem sempre acreditamos. Nem sempre, nem sempre achamos que o caminho continua. Não? Nem sempre sentimos dentro de nós o sol que está para nascer. Amanhã, lá fora, estará o sol, o caminho. E mesmo assim, perdemo-nos. Porque não vemos indicações, placas, setas. 

E não encontramos ninguém a quem perguntar por direcções.