30.8.10

azul





Tanto céu, tanto infinito. Tanto por onde fugir. Tanto porque ficar.
Tanto que ver, que reparar, que contemplar.
Tanto de tão simples.


o tempo que faz


"Com que então, unhas pintadas, hã...e de vermelho-cereja-quando-ainda-está-verde"
"Pois é. É o Verão, o Verão faz-me isto. Faz-me querer fazer mais, encontrar mais, só porque me parece haver mais tempo. Só porque os dias esticam. Faz-me suar que nem um porco quando tenho que subir a rua em dias de calor, mas faz-me pensar que apesar desse peso, sou muito mais leve que isso.
O Verão faz-te levitar, quase. Faz-te nada mais, nada menos, que sonhar mais, porque achas que tens mais tempo.
Faz-nos sentir maiores, porque sonhamos lá no alto. No fundo, faz-nos ser crianças, porque elas sim, conseguem viver nos sonhos que criam.

É isto que faz o Verão.

Ou inutilidades."

sugestão




Havia de haver (bom português...) um bloco de notas em todas as paragens de autocarro. Para as pessoas escreverem o que se lembraram que queriam dizer enquanto não chegam onde querem ir.

25.8.10

isto anda a tornar-se numa coisa um bocado para o fútil




Comer esparguete não é um boa opção quando se veste um trapo branco e se tem o cabelo solto.

Ou

A minha falta de jeito não tem limites.






21.8.10

pessoa em branco




Aquela pessoa (não sei o seu nome-não gosto de dar nomes a personagens) tem uma folha do seu caderno preto que nunca irá preencher. É uma folha em branco, uma espécie de folha não escrita que essa tal não quer escrever. Para não ter que a viver. É uma folha em branco, melhor: é uma folha branca, deixada (pela tal pessoa) livre para lá imaginar o que viver - como seriam os dias, se os dias não fossem estes. Como seriam as novas cores que iria inventar, as músicas que ali, aquela, iria dançar. Talvez imaginar-se, a ela, se não fosse aquela (pessoa).
Ou, talvez, nada disso afinal.

Folha em branco, porque afinal vazia apenas, sem ela, sem pessoas, sem ninguém.



saber dizer



Sabes, o verdadeiro problema é que nem sempre consegues fazer aquilo que achas que consegues. Menos ainda consegues perceber que sequer consegues fazer aquilo que se deve fazer. Muito menos o consegues fazer porque alguém to pede. E ainda menos consegues perceber quando há outros como tu.
Sabes, o verdadeiro problema é quando nem tu consegues abrir as portas que tanto te reclamam que abras, nem mesmo quando queres (precisas, exigem-te) que o faças.

Sabes.

Eu acho que não sabes, no fundo.


(e sim, eu disse que voltava)

16.8.10

volto

já já.

Prometo-me.