23.3.10

insónia de um mau dia





Sabes que mais?
Disse assim: Devias ter sido mais subtil a mostrar que querias levar um troféu qualquer para casa. Detesto sentir-me como o troféu de alguém. Já te tentei dizer que as pessoas não são coisas que se têm ou de que temos direito de propriedade.


Sabes que mais?
Foi isso que disse sem falar, sem esboçar sequer um olhar.







decisão do dia





Ora bem: não trabalhar num sítio que não seja, ou esteja junto a um parque/jardim/espaço verde ou similar/com árvores. Os 10 minutos de fotossíntese, rebentos a explodir nas árvores, patos a tomar banho no lago (e não só...), piriquitos importados a berrar de um ramo para o outro, putos de 3 anos a serem iguais a putos de 3 anos do mundo inteiro e senhoras com fatos de treino berrantes a fazer jogging valem bem a pena e mostram que o melhor ainda está para vir.



16.3.10

quero ir



tirar fotografias.

Não.

Preciso, mesmo.



estranho




é a palavra. Melhor, não é, mas não vejo outra que consiga encerrar em si a confusão, a mistura de coisas opostas e idênticas, a preocupada despreocupação, os sentimentos.

Não há nada que mostre o que aconteceu, o que não chegou a acontecer, o que aconteceu por um triz, o que devia ter acontecido e o que nunca deiva ter acontecido.

Não há palavras que me possam perguntar que eu possa dizer, nem há quem saiba as palavras que pergunto se existem fora de mim.

Melhor que a palavra estranho, só a palavra sonho.





10.3.10

ontem





senti que a realidade andava a pairar à minha volta. Espero que vá assentando ao de leve.

Ontem, vi a pela primeira vez neste ano um aceno de Primavera. O sol, os prados verdes, as andorinhas irrequietas. Um sinal de Esperança e de eterno Recomeço.