30.7.08

volto já







Salipo tchiwa.





Nda yatunda hasa kaituna tuda luvali.






(:


29.7.08

variedade









A parte boa das despedidas (de propósitos e pessoas variadas) é que há mais mousses de chocolate, babas de camelo, pastéis de nata, vodkas e tostas bebíveis.








24.7.08

psicoqualquercoisa







Aqui há dias, enquanto o som dos comboios e o rasgo dos carros a passar se tornava mais raro e distante, imaginei que tudo isto me parecia uma cena daqueles filmes. Daqueles, em que alguém grita, e grita, e diz, e sabe a solução para todos os males daquela trama, mas não se consegue fazer ouvir porque há sete palmos de terra absolutamente intransponíveis e obviamente insonorizadores entre si e o resto do mundo. E não adianta o tempo que há para respirar, nem o quanto se grite. Não adianta, porque a voz está presa no caixão que é essa mesma pessoa, afinal. E sabemos que não podemos fugir de nós mesmos, não é verdade?






Não me lembro do fim do filme.



Adormeci entretanto.




Até depois do outro lado do mundo.


sorri. em bold e itálico :)


23.7.08

quem diria





As pessoas de facto afectam-me muito.



O que não quer dizer que saiba o nome de todas.




22.7.08

série de









lua a dançar à janela.

21.7.08

ainda

Acabei de ler qualquer coisa como
"padece de alma".
Parece doença grave.

20.7.08

manhãtardenoite









O dia foi-se desenrolando, sem nunca ter perdido a sua luz baça. Quase como uma dispensa bafienta e escura.







Razão mais do que suficiente para o ter dedicado à procrastinação.











(muito gostava de saber porque é que a palavra ingénuo está convictamente riscada a lápis no meu dicionário. Suspeito não ter aprendido nada desde que a risquei.)





Não sei passar pelos jardins. Demoro-me nas pedras do chão. Invento perspectivas a captar. E quando uma brisa sopra, pelas folhas caídas da tarde... desmembro. Desfaço. Deixo cair.

«Longe, tão longe. Que estás.»
Que nem sei onde.
Estás.

19.7.08

dizem que









Lembro-me agora: era um fantasma que vivia na minha sombra, que dormia nas minhas costas.







Eis o que acontece ao que desejamos.







.:.





De vez em quando agitam-se algumas penugens, corre um arrepio pele acima, qualquer átomo passa pelo infinito, demorando-se alguns segundos a contemplar a suave agitação das moléculas.





Um pequeno ponto final.








18.7.08

sempre o mesmo




Estava já com a pele a fundir-se com o branco e preto das teclas, eu já sei saber a que lado do mundo pertencia e






toca o telefone.





Nunca é para mim.

Só que o estupor não se cala enquanto ninguém de um dos lados da linha não se decidir a calá-lo.


Fim das invenções (a)tonais.






epá

, falando em gelados com uma provecta idade, acabei de me lembrar de uns carrinhos de brincar herdados do meu pai que eram irritantes como tudo. Tinham um iman cada um, e quando os punha em fila o de trás empurrava o da frente. Era uma chatice nas curvas, porque se um deles guinava demais, a frente de um tinha um encontro imediato com a traseira do outro, e aí era vê-los agarradinhos que não se deslargavam, o raio dos carros pretos!
Agora divirto-me mais com carros de outro tamanho. Mas só porque já não sei onde páram os outros carrinhos...

17.7.08

danças portuguesas nº2




E como Paredes respirava, respirava.
Como fungava a música.

Como fungamos o que está no fundo de nós quando não queremos ainda que o mundo o saiba.







série de




flores capuchas.

série de




Árvorezinhas nativas. Alguém sabe quais são elas?

aguarde












14.7.08

desconcerto










Tenho praqui uma resma (4 ou 5) de postas para este sítio, mas nenhuma delas faz sentido algum aqui.

Não é curioso? Esta auto-imposição de limites não está com nada (como se diz por aí), mas é aparentemente intrínseca ao ser humano (um ou outro). Está visto que eu sou um, onde anda o outro?







13.7.08

lama







É agora importante que, sonhando, não te deixes alcançar. Que não te prendas. Não te agarres, como sempre, aos sons que tens guardados.




Porque é tempo de ouvir coisas novas, de tirar fotografias diferentes.




Agora, enquanto estás nessa cadeira e tens esse candeeiro ao lado. E letras misturadas, e juntas, disjuntas, e ouves, e agora, enquanto tudo se mistura, é agora, é este o momento, nenhum outro.





Levanta-te.





Parte. Quebra também, se preciso for. Leva todos os cacos contigo.




São eles que eras tu.






çxze


Porque às vezes dá vontade de decifrar o segredo do mundo nuns pares de letras juntos em palavras. Quando não há entrelinhas, deixam de haver sentimentos, intenções, segredos? Que sentido têm as letras juntas?

9.7.08

*












Porque não te tornas música, em vez de deambulares com uma nuvem de sons à tua volta, porque não. Porque não te matas a ti mesmo, para que as notas que tocas cheirem ao teu sangue, encham de nojo como quem vê as tuas tripas espalhadas rua fora. Não fazes ninguém contorcer-se de dor, todos te conseguem olhar, sorrindo levemente enquanto ouvem as tuas musiquetas.



Melhor seria que te calasses para sempre, em vez do zunir dessa nuvem bafienta de acordes consonantes.






Desafina-te por dentro.
E depois chama-me.















*difícil dar nome a este. Ideias?





7.7.08

série de










efémero,efémero.

Coisas que duram um momento.

série de





gente retorcida.
Quando for velhinha também quero ser retorcida.

6.7.08

diário**



É que não basta furar um pneu. É preciso rasgá-lo para não haver hipótese de arranjo. Depois, é preciso fazê-lo numa serra onde esteja a deflagrar um incêndio, e é preciso armar o triângulo numa estrada o mais estreita possível, mais precisamente numa curva onde mal passe um carro, quanto mais um camião de bombeiros.
**Há que escolher bem o momento.