p'ra lá do longe XXXVIII

Um pouco mais para lá. 

nota

As imagens deste último mês vieram de vários sítios, foram tomadas por várias pessoas. Nem tudo o que acaba por cair aqui é meu, nem sempre considero as devidas autorizações. Mas nem por isso isto é menos eu. Nem creio que os outros sejam menos que o que são, e que por isso me possa apropriar das suas perspectivas e emoções. 

And then again, não nos usamos todos uns aos outros para sermos quem somos?

série de

tunukaaa, tunuka bála ki tem koraji é só tunuka di meu.

se calhar é isto

Ora então, passo a explicar a teoria:

mudo de lugar como quem muda de camisola (até aí tudo bem, somos lavadinhos, convém ir mudando), porque até ver, de facto estou bem em qualquer lado - do mundo, entenda-se.

Agora cada lugar tem o seu ritmo próprio, não é? Nuns lados funciona-se de uma maneira, noutros, de outra. Pois eu se calhar é que não acompanho o ritmo.

Depois, claro, não há música que aguente.

do tempo

em

q

ue

It's just sad that you don't get me at the same time that i can't get to you.





Sem acentuacoes.

E caíam noites, e espreguiçavam-se, tão longe que chegavam. Até os comboios zunirem de novo, os bichos acordarem e os carros fumegarem outra vez. O sol levantava-se já com sono. E eu.

Durante a noite, o mundo descansava e virávamos-lhe as costas.

cuidado

... não, nem tudo vai acontecer hoje.

Definitivamente.

p'ra lá do longe XXXVII

Depois da chuva.

Gotinhas, gotinhas, gotinhas coloridas.

mais que é ao menos

As palavras não abundam, não é? Pois. É o que é.

Só aquela moinha do quanto-mais-se-quer-contar-menos-se-diz permanece. Talvez uma úlcera nas involuções da alma.

Seguem mais fotografias.

a pedido de uma família

Ser Feliz - Da Sanjuca
Amizade - Otchisola
Saudade - Ongueva
Sorrir - Ocuiola
Gosto de ti - Ducossole
Obrigado - Tuapandula
Como estás? - Ocassinda te?
Fica bem - Salipotchiwa
Amigo - Ecamba
Bonita - Jafina
Viver - Ocucala
Mar - Calunga
Terra - Ossi
Viagem - Unguende
Beijinhos - Ocumbeijala
Maravilhosa - tchicomoínsa



Kulio ona, essinga, isso, otchimboto, uti, cacimba ossi à calunga (bis) Kulio ona, kulio ona, kulio ona, essinga, isso, otchimboto, uti,cacimba ossi à calunga!

mi leva na tua tota.
mi leva no teu cambembê.
mi upa lá.
mi gira.

Sendo que um otchimboto é um sapo.

caras

Atrevam-se.

tarefas

p'ra lá do longe XXXVI

Despedi-me do Verão.

E no dia seguinte choveu.

contradito

Estou a tentar lembrar-me de quem eras... as imagens, essas irão chegando, de vez em quando, em momentos de quebranto.

Finjo que me lembro, mas imagino apenas o que me poderias lembrar. Não se esquece o que não existiu.

Não? Sim. Sim? Não. O vazio existe mesmo, pois que nunca o encontramos. Nha Nha Nha.

Como seria, lembrar-me dessas luzes trémulas num vidro baço. Pequenos pontos de brilho a picar o meu dentro.

De tudo o que dizem, de nada é o que sentem.

sítios

Luanda, Huambo, Kuito, Kangote, Kangala, Tchicandula, Bailundo, Vale do Queve, Kuando.

cor

foleirada

E de repente, enquanto se responde a um anúncio de emprego, todo o meu povo se levanta e canta em onda emocionada.....

As coisas que uma pessoa acumula no computador, céus, as coisas que já ouvi quando... credo, o que uma pessoa é capaz de ouvir.

Que até faz impressão.

sol

Do fim dos dias.

Rápido, sempre desaparecia, rápido.

tarde

A

s

f

olh

a

s

arrepiam-se.

O vento da serra a puxar a chuva.

O Sol cai, moribundo, no horizonte. Qualquer coisa vai ruir. Só porque a chuva está porvir. Não há muito que fazer, só que deixar passar para que o Sol renove o seu brilho quente de Verão, e na lonjura dos dias tudo se poder querer, sonhar e tornar real.

Fosse eu outro bicho, e era um daqueles que hibernam.

alentejo

Ou talvez não.

Familiar? Deveras.

mas obrigadinhos na mesma

Para que quero eu uns head-phones* com um cabo de 3m? Para ouvir a música do computador (portátil) na cama. Para depois pegar no comando e desligar tudo (é assim que os computadores se desligam), mesmo antes de adormecer.

*-dos bons, daqueles em que uma pessoa fala, fala e não se consegue ouvir, só à música.

aterrar

Não escrevi. Não senti falta.Nem do blogue. Nem de muitos pedaços pendurados em mim.


Mas sinto que falta levar pedaços de pó encardido na minha tota. E girar, girar até as árvores parecerem dançar.


O lencinho ki tá ná mão já cáiu? Áinda não.

O futuro é hoje.