31.10.08









Quanto tempo demora o tempo até ser tempo?

26.10.08

série de







Rumo ao nevoeiro matinal de trabalho.



série de



ar místico.

25.10.08

atraso

No fim de semana muda a hora. E as pessoas, porque não mudam com ela? Vamos todos atrasar-nos, os passos em suspenso, os olhares ainda vazios sem ter o que olhar, os pensamentos em saltos temporais vomitados pelos neurónios. E o que íamos fazer não o façamos já, o que íamos dizer não diremos por agora, o que pensamos... que nos fuja do pensamento.

bagagem



Ando com três livros no carro, para onde me acontecer lê-los.
Será esta desprendabilidade da realidade preocupante? Ou só pretensiosa. Ou só escapista. Ou... só.


23.10.08

p'ra lá do longe XXXVIII



O sopro da tempestade.

19.10.08

e se






passássemos uma tarde a ler música e a ouvir livros?




Assim, como quem não quer dizer que sim.



16.10.08

a pontapés





O sacana do Outono, ninguém dá por ele mas já cá anda. Já não se pode andar na Serra sem passar a vida aos pontapés às castanhas no chão, às bolotas no chão, sem esmagar medronhos passo sim passo não, sem nos cair uma mão cheia de folhas secas em cima. Os pobres dos azevinhos é que andam desorientados, já penduram as bagas natalícias...

E se dúvidas ainda houvessem, as trepadeiras já estão a tingir-se de escarlate. E eu que sempre achei a palavra escarlate um exagero, uma quase caricatura do vermelho.



Imaginem.


Enquanto não há fotos.


13.10.08

série de






Nuvens matinais.

série de















Peregrinações. Pela Roca fora.



11.10.08

questão





Numa espiral, cada ponto de luz (de cor, de coisa, de) supera-se a si próprio, revoluciona-se, caminha em constante resvalo. Há sempre o movimento, para o infinitamente grande, ou para o infinitamente pequeno. 


Não me aturo a mim própria. Não tenho paciência para mim. Como se tivesse que existir uma evolução, ou uma revolução para o infinitamente grande. Ou o infinitamente pequeno. Para um infinito, sequer. O horizonte é muito longe, e o infinito mais longe ainda. Podia pedir um qualquer desses emprestado, para trazer no bolso, só para o caso de alguém me perguntar pelos meus horizontes, ou que caminho tenciono percorrer rumo ao infinito. Talvez compre apenas um passe social, daqueles que o pica quer que mostremos, quando por acaso nos cruzamos a caminho de uma qualquer mira-sintra. O meu infinito não existe, eu não me revoluciono, tenho um fim e está já aqui na ponta dos meus dedos. E o que mais queiram, não sei como se alcança, eu cá vou só até ali a uma mira-sintra numa estação qualquer.











E tu, tu que tanto sabes de mim, saberás em que margens das horas vagueio, por que arestas deslizo, em que sons me perco. Nem sempre sei o que faço quando desapareço da luz dos dias e me acho no avesso do sol. Nem sempre quero. Nem sempre reparo. Nem sempre vivo. 

Mas quando não sei, sei que sou.


Já tu... saberás?




7.10.08

logo se vê





parece ser a frase mais acertada.








Além de que me apetece sentar para ler um livro. Só (ó, heresia!) não sei qual.



E aqui na estante do lado, tantas letras à espera de se encherem de significado.

Significantes.

Significos.

Significam.





Dada a chuva, também me apetecia ir pisar as folhas secas espalhadas por aqueles quadrados de cimento, tornar-me numa imagem meio nostálgica do Outono.








1.10.08

não faço ideia





do que é que andei a fazer de especialmente bom, mas apetece-me gastar o dinheiro que ainda não tenho, mas que ainda hei-de ter, assim a entidade divina lá de cima continue a pregar-me sopapos no focinho como tem feito nos últimos dias.


Estranho, não é?



É, é. Talvez. Sabe-se lá.