29.6.12

série de






momentos com vida.






repensar



Damos voltas e voltas, à cabeça, às ideias, às palavras. Porque é aquilo que queremos dizer, mas sabemos que não irão perceber bem assim. Como se de um rascunho que precisa de ser reescrito. E assim é. Reescrever estes rascunhos, revesti-los de outra cor qualquer. Como se não soubessemos o que está por debaixo da pintura. Como se a tinta não lascasse, um dia mais tarde. 

Damos voltas aos pensamentos, aos sentidos, aos sentimentos. Porque é aquilo que queremos sentir, mas pensamos que não deve ser bem assim.

Voltas, revoltas, revoluções.
Para voltar às mesmas ideias, pensamentos, palavras.



ideias




Em determinado momento, todas as ideias nascidas de uma deambulação qualquer têm a oportunidade, a janela, o timming para se tornarem um assunto sério e importante. E, ainda por cima, viável.

E essa oportunidade aparece e desaparece em três tempos.






20.6.12

não é




fácil. É estranho.


Deixar de ter uma coisa que se gosta de ter.  Para quê o esforço. Porquê. Porque não se devem criar hábitos redundantes.
Dizem que não se deve voltar ao lugar onde já se foi feliz. Não existem lugares de felicidade. Existem tempos. Felizes. Ou infelizes. Os lugares acolhem os tempos que lá nos consumirem.









olhos








«nos meus olhos morrem as paisagens».



«não se pode morar nos olhos de um gato».


existir.




tudo é verdade e caminho.













17.6.12

abraço




É o que fazes melhor. Quando abraças, não há receios. Não há meios toques nos braços, nem beijos a fugir. Há entregas e uma cabeça no ombro. Sinto-te um abraço de alma inteira. E isso sabe bem. Mesmo que não conheçamos bem a alma que recebemos.