31.1.06

intervalo

Cute rima-me com puke. E aquela história da borboleta... Da música em modo aleatório olho umas mãos que não existem em lado nenhum. Não me fales mais. Só és realmente imaginado quando estou em intervalo de vida. Se eu não te fizesse ausentar... sei que não irias querer preencher-me.
E quando o intervalo acabar, lá dirá o outro aleatório que nada disto faz sentido. É apenas a Natureza das coisas.
Cacos de caos a passar em cacofónicos segundos contínuos até ao fim da noite, até ao fim da linha, até ao fim do chocolate. E depois, desligar a luz.

off.

29.1.06

ah!




Hoje estas fotos foram um lugar-comum.

28.1.06

the wind

he wrote his soul in the cried past, as the night was tearing apart in rage, guilt and fear. as i had never seen such pain. so beautifull to play.

frase IV

Liberdade é copiar-te ao mais ínfimo pormenor e mesmo antes de te zangares por isso mostrar-te como ficas bem em mim.

26.1.06

e antes que acabe o dia

Amizade é não precisar dizer nada e ficar com vontade de sorrir.

frase I

Há momentos em que se descobre que as borboletas se chamam moscas de manteiga, ou "manteiga voadora" em inglês.

frase II

Há frases nascidas e mortas em meros momentos despidos de letras e de folhas em branco.

frase III

Cuidado com a caneta que escolhes, pode borrar-te a vida que escreves.

24.1.06

desilusões


Houve um primeiro embate. A raiva foi-se diluindo no tempo.
Mas afinal há mesmo grandes desilusões.

Não percebo. Se é loucura ou negligência.
Se é amor-próprio ou egoísmo.

Ainda não sei. Se irá alguma vez haver perdão.

23.1.06

será o vício?

Preciso urgentemente de ir estoirar dinheiro em cd's.
Além de uns quatro, específicos, alguém tem sugestões?

22.1.06

pré-encontro

"Que Sol. Não esquecer de falar da nulidade e da falta de sacos (nabos). Que fome, caneco. Começa a ser ridículo... E é ridículo também como me habituo às mesmas pessoas e começo a viver a minha vida em função delas. Sinto-me mal de não deixar a minha vida para seguir a delas. Talvez não queira dizer nada quando alguém diz que odeia atrasos a quem acabou de chegar atrasado... Vá lá. Que fome. E não vou poder ficar muito tempo. Bolas, para que é que me fiz dependente de ti? Preciso que chegues, agora!"
Às vezes parece que até de respirar me arrependo.

Há almas de nevoeiro em dias que passam.

19.1.06

amanheceres

Não sei o que me dizer hoje.
Talvez que amanhã...
Que amanhã estará certamente, Sol.
Soerquendo-se, como em todos os amanhãs, pela janela.
Laivos de Sol, para respirar fundo.
E fugirei para longe, lá onde ainda não fui.
Fugirei de ti, como sempre fujo.
Para ficar hoje, sem me dizer nada. Onde ainda não me dóis.
Onde talvez amanhã...

mudei de carteira


Ando a trocar riscas por bolas, nem parece meu.

É que não é todos os dias. Além de que toda a gente sabe que não se muda de carteira assim como se muda de camisola. Há que descobrir uma carteira o mais pequena possível mas onde caiba o BI, há que vasculhar os novos compartimentos e, sobretudo, perceber para que servem, há que rever uma resma de papéis, cartões, bilhetes, talões e tuditudo (então e o dinheiro, onde é que ele anda?) para os quais não olhávamos há três anos mas dos quais ainda temos pena de deitar fora.
No meu caso, não houve grande lugar a penas, já que a maior parte da papelada afogou-se tragicamente no mar em que se tornou a minha mochila na semana passada.
Pragmático, não é?

18.1.06

ó santa nabice...

Se há coisa que me irrita neste blog (perdão, neste... servidor, criador de blogs, o que quer que seja que é o .blogspot.com, que o próprio do blog, ainda que sem nome, 'tadito, não tem culpa, e até recebe rasgados elogios e tudo)
Ia eu a desabafar que
Se há coisa que me irrita (aqui) é a falta de respeito pela minha criatividade! Ora se uma pessoa quer deixar espaços e mais espaços entre linhas, qual é o direito que (isto) tem de me reduzir tanto espaço a... nada?!
Caramba, pá, agora lá ficou o poste anterior cheio de pontinhos....
(e, meus caros fiéis seguidores em franco decréscimo, é assim que se vai preenchendo a internet de pequenas grandes inutilidades. Até uma próxima.)

em stand by para qualquer coisa

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Ggggggggrrrrrrrrrr......................................
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16.1.06

tem dias




É que há dias que parecem domingos. Que no dia seguinte se vai passar qualquer coisa de diferente, mas que não se sabe bem como é suposto ser outro dia. Acaba por se ficar preso ao domingo, porque o amanhã não virá nunca.

E é nestes dias que costumo ir dar uma volta.

E fui.

Só que me esqueci de levar a
banda sonora comigo.

15.1.06

Cada vez minto pior.
E cada vez me acreditam mais.
E continuo a não conseguir enganar ninguém.

14.1.06

'tá giro

Já reparasteis que ali a secção das derivações enlatadas já deu a volta? Estamos de regresso a Janeiro...
Parece que a longo prazo até sou uma gaja persistente.

ahhhh!!..

...Que saudades que já tinha de voltar a calçar as minhas botas de campo, enfiar-me no meio de uma serra por caminhos de terra batida, olhar para todos os lados que nem uma míope (que sou) a tentar descortinar um Canis lupus signatus, parar no meio de um vale e ouvir uivos vindos de todos os lados menos um, o do céu estrelado!
(e para todos os efeitos, NÃO foi o prof. que se andou a armar em lobo!!! :p)

12.1.06

distâncias



E quando descobrimos um abraço apertado ali mesmo ao lado (ou mesmo a milhares de quilómetros), e contudo continuamos a procurar qualquer coisa que a isso se assemelhe num aperto de mão formal.

Aqui, onde é tão longe.

11.1.06

gravações anónimas

Dá-me um gozo do caneco quando topo a léguas quem está por detrás de uma música, ou quem a está a tocar.
É impressionante como as pessoas deixam as suas assinaturas (que ainda por cima são pessoais e intransmissíveis) na música.
É impressionante como se revelam.
Por mais que se escondam.

teias

São aquelas coisas que nos apanham, que caem em cima de nós sem darmos conta. Que nos passam despercebidas, que de repente e em qualquer altura se pegam a nós sem conseguirmos ver onde estão, e que nos fazem sentir pegajosos sem perceber como.
Não é por acaso que as aranhas têm oito olhos.
Não que não goste de aranhas.
Nem tão pouco de teias.

ouvir, só

Como me apetecia não ser eu a tocar, hoje. Como gostava de ficar a teu lado só a ouvir, em vez de ser eu a sentir, a fazer vida da música. E a ouvir os teus elogios forçados (sarcasmo). Como gosto de fazer parte desse mundo fantástico onde não preciso falar, mas como hoje gostava muito mais de te ver nesse mundo. Receber a tua música. E ouvir, só.

8.1.06

noite dos esses

ondas de luz

7.1.06

lume de chão

Só para não se chatear, resolveu estrear o caderno na segunda página. A primeira, a dela, ficou para trás. Por detrás da segunda página. É que ao fim de tanto tempo a tentar encontrar letras dela no seu caderno, o seu próprio olhar tinha-se tornado indiferente. E começou, só, a contar a sua própria história. Ela, a primeira página, tinha-se tornado num papel secundário.

5.1.06

como nos filmes

Todos deviam ter direito a um final feliz pelo menos uma vez na vida. Como nos filmes. Com direito a uma cavalgada final sobre um campo florido de sol-poente.
Entre crinas ao vento.
E sorrisos nos lábios. Dançando felizes até ao horizonte.

fui morrer longe



Afinal de contas era isso que querias.
Não, não era. Mas era aquilo que eu quis que havias de querer.
Para que tudo fizesse algum sentido.

4.1.06

quadro

Não sei como desenhar as linhas rectas. Nunca consegui firmeza de pulso, nunca me apliquei. Admiro-as, no entanto.
Como as vidas delineadas em linha recta, sempre em frente, rumo a não sei bem o quê.
Não sou de me aplicar a nada.
Tenho curvas e contra-curvas, inclinações inexplicáveis, falta de manutenção dos lápis. Nem uma borracha tenho para apagar desvios. As minhas linhas nunca se corrigem, nunca se apagam, vão acumulando passados e emaranhando-se em futuros. Vão misturando cores e finalidades. Os traçados reais insurgem-se por entre os sonhos, arrastando para o presente fantasmas e levando para o outro lado da folha entidades de váriaveis reais. As linhas que quero desenhar atravessam-se nas que já estavam arrumadas, e as que desejo realmente desenhar não passam disso mesmo, um desenho de um desejo tosco.

3.1.06

há demasiado tempo


fotos daqui e daqui
Lembras-te do dia em que descobrimos que existia um paraíso onde vivemos por breves dias. De querermos descobrir, absorver, contemplar toda a magnificência que a Natureza nos oferecia em cada encosta, em cada onda, em cada brisa, cada dia. Lembras-te dos cagarros que conhecemos, que se despediram de nós quando rasgámos as ondas do oceano dizendo "até breve". Lembro-me dos seus vôos rasantes e leves, como voam todos os que se sentem livres e vivos.
Mas esqueci os seus cantos. A memória perdeu-me os sons. Perdi-me, perdi o que nos fez apaixonar por aquele lugar.
Relembra-me.

1.1.06

No dia em que encontrares o meu olhar, já me terás conquistado a alma.

optimismo 2006

Hum, pressinto que este ano vai ser diferente dos demais.
E se olharem para o calendário, vão ver que há uma data de feriados e pontes.