29.7.11
27.7.11
21.7.11
Estava a ocorrer-me que isto já não me acontece há muito. Mas tenho a sensação de já ter acontecido, lá longe no tempo. A propósito do quê, não faço ideia. Creio que estes momentos só acontecem quando não têm razão de ser, e quando nada do que se passa é importante. Excepto, talvez, quem nos acompanha. Tenho a sensação que não se consegue fazer isto sozinho.
20.7.11
regresso a casa
Estrada. Curvas fora. Searas. Entendo finalmente porque são douradas. O sol do fim da tarde escorre nelas. E ficam pingos de sol dourado nas espigas. Abelharucos à procura de insectos. As andorinhas também. Voos rasantes, como só as andorinhas fazem. O sol acolhedor. O canto sem descanso das cigarras. O ar quente e acolhedor. A estrada, a música. O fim de tarde a cair das oliveiras e dos sobreiros.
O sorriso nos lábios sem saber de onde.
11.7.11
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Contempla, mas ignora os pontinhos pretos. Melhor, imagina que são parte da história, que são pontos de pó acumulado na fotografia ao longo dos anos. Imagina que a paisagem é pontilhada de histórias, das tuas histórias. Estás em todo o lado. Rochas que te contam histórias - são pedaços de ti. Reflexos sem correspondência - és tu imagem que a água mostra. No ar, as nuvens passam com pontos teus - de uma outra tarde passada a olhar o céu.