28.2.06
são estas piquenas coisas
Que nos fazem desmanchar a rir sem razão aparente.
Pena que assim de repente não me lembre de nenhuma.
Já deve ser tarde para isto.
Bolas, pá.
Pena que assim de repente não me lembre de nenhuma.
Já deve ser tarde para isto.
Bolas, pá.
25.2.06
do avesso I
Num lugar por aí descobri um vidro. Descobri que vagueio sem rumo, nem fim, do lado de cá. E estou. E sou. Por vezes, olho um pouco mais alto. Por vezes dou de caras com um vulto. Olho por esse vidro. Alguém se passeia, do outro lado. Alguém que vai deixando marcas. E eu vou apanhando, procurando, seguindo fragmentos desses passeios. E vou tomando essas marcas como tatuagens na minha alma. Vou parando a cada momento para te saborear. Em cada momento que vivo. Eu, aqui. Tu, do outro lado do vidro.
IV avessos
Como é que poderei agarrar-me a um momento breve. Se não sei se estremeceste. Se nunca me dirás se te deixei a marca desse momento.
Não saberei quando atravessares o vidro e encontrares as tuas marcas cravadas em mim.
Medo desse dia. Desse desejo.
Lado a lado.
Frente a frente.
Quando por fim me perguntares quem-és-tu e eu responder eu-sou-tu.
(Porque já me virei do avesso. Mas não há relatos desse dia.)
23.2.06
20.2.06
por um buraco do céu
Conseguimos rir.
Conseguimos adivinharmo-nos sem nos vermos nem ouvirmos.
Criamos músicas.
E por um momento
minúsculo, perdido num recanto do silêncio
sentimo-nos familiarmente confortáveis.
Continuamos perdidos.
E é o que nos fica. A sós.
19.2.06
disconnect
De onde tinha vindo, não sabia.
Não sabia o que lhe tinha acontecido.
Acordou, apenas.
Num destes dias.
Não estava mais Sol nem menos vento que em qualquer outro dia.
Sentiu-se diferente naquele acordar.
Soube que se tinha desligado.
Apenas.
"people's"!
Umas conseguem dar-nos a surpresa de nos desiludir passadas décadas de coexistência, outras fazem-nos desconfiar de cada vez que as vemos, outras têm o condão de nos encantar sempre, mesmo quando ousamos duvidar delas.
Outras são só aquilo que lhes apetece, porque já desistimos de esperar por elas. São aquilo que são, nada mais, nada menos. E é isso que gostamos nelas.
bastard_o no país das marabilhas
Hoje quer-me parecer que acordei maior que o que costume. As torneiras estão mais abaixo, o chão mais longe dos meus olhos e os armários da cozinha mais perto dos meus braços.
Devo estar a chocar alguma...
17.2.06
mais um post original
Hoje estou vestida aos pares de marcas. Explico: ténis e mala - Nike. Calças e camisola - Salsa.
Pondo de lado comentários acerca das respectivas marcas, e até mesmo acerca das minhas vestimentas, reparem no elaborado raciocínio.
Para aqueles que acharam que na frase inicial está contido algum tipo de publicidade às ditas, desengane-se (não recebo nada por isto, infelizmente!). De facto, com a inclusão destas palavras neste texto, procurei tão somente a captação de novo público. Assim, todo e qualquer tótó que pesquisar num qualquer motor de busca (como o Google... o Yahoo... estão a ver?) estas expressões tem boas hipóteses de vir parar aqui. Ou seja, no fundo, a publicidade é a este próprio blog!
Eu devia era ter ido para Marketing e Publicidade, hein??
(ou do que uma pessoa se lembra enquanto espera eternidades para uma reunião...)
3x5=16
cinco perguntas:
Tens horas?
Estás aí?
Já chegaste?
O que é que te irrita?
O que acha do teatro?
cinco respostas:
Não, mas tenho um relógio, pode ser que sirva.
Não, estou no Além.
Ainda não.
Essa pergunta.
É... giro.
cinco comentários:
Mas quem é que é o palhaço que não sabe as horas? Guie-se pelo Sol, estamos num país tão soalheiro...
Mania de fazer perguntas deslocadas no espaço.
E no tempo. Que tal dizer o que efectivamente se pretende?
É que se te conhecesse como te conheço hoje, tinha-te respondido de outra forma...
Ler "O metro" para mais detalhes. Ou não.
E perguntam vocês: "porquê igual a 16?"
Porque há sempre mais uma pergunta irritante...
Tens horas?
Estás aí?
Já chegaste?
O que é que te irrita?
O que acha do teatro?
cinco respostas:
Não, mas tenho um relógio, pode ser que sirva.
Não, estou no Além.
Ainda não.
Essa pergunta.
É... giro.
cinco comentários:
Mas quem é que é o palhaço que não sabe as horas? Guie-se pelo Sol, estamos num país tão soalheiro...
Mania de fazer perguntas deslocadas no espaço.
E no tempo. Que tal dizer o que efectivamente se pretende?
É que se te conhecesse como te conheço hoje, tinha-te respondido de outra forma...
Ler "O metro" para mais detalhes. Ou não.
E perguntam vocês: "porquê igual a 16?"
Porque há sempre mais uma pergunta irritante...
15.2.06
14.2.06
12.2.06
considera-te p'raí
Continuando.
O frio já não volta. Eu jamais serei boa ( ). Mas a praia continua a ser uma bela formação hidrogeológica de cariz contemplativo e até mesmo de potencial fotossintético.
Agora, a actividade de entretenimento do dia: ser, concomitantemente (lembrei-me desta bela palavra ontem...): sopinha de massa, alentejano, professor. "Olha que bonito!"
E era só isto.
Acho que vou ali buscar outra foto e já venho.
O frio já não volta. Eu jamais serei boa ( ). Mas a praia continua a ser uma bela formação hidrogeológica de cariz contemplativo e até mesmo de potencial fotossintético.
Agora, a actividade de entretenimento do dia: ser, concomitantemente (lembrei-me desta bela palavra ontem...): sopinha de massa, alentejano, professor. "Olha que bonito!"
E era só isto.
Acho que vou ali buscar outra foto e já venho.
9.2.06
8.2.06
andanças
Hoje senti que se não tivesse aparecido o comboio para me levar, teria continuado ritmicamente a andar até ao fim do mundo.
Mas depois também descobri músicas que tinha perdido há muito, e esqueci-me com elas do fim do mundo.
Tenho vontade de andar. E tenho vontade de continuar a sonhar o passado.
6.2.06
*godspell*
Tenho a certeza que naquele momento as nossas mentes cruzaram-se, sem nós, no mesmo pensamento.
Apesar das nossas distâncias.
falta de sono
Quando há baterias e guitarras e distorções e baixos e vozes até furar os tímpanos. Quando o volume no máximo não chega. Para quê. A atravessar cada átomo. A deixar escritas coisas inúteis. Ridículas. Mas sem furar os tímpanos.
5.2.06
conversações
É engraçado descobrir os poliedros de várias faces que há em vós.
Sem ironia.
Até em mim.
4.2.06
1:00
Soube bem encontrar-te hoje. Porque sem quereres conseguiste segurar-me. E eu não resvalei para dentro daquele caótico vazio.
2.2.06
éter
Porque todos os momentos passam, e são irrepetíveis. E não os podemos guardar connosco. Pode ficar outra coisa qualquer, uma saudade, um desejo, raiva, o vazio. Mas aquela sensação, aqueles segundos perder-se-ão para sempre, evaporados no ar que voltaremos a respirar.
Somos a constante tentativa de perpetuar momentos. Nada mais.