28.2.09
19.2.09
o que não existe|conto 1
Diz-me que não é assim. Diz-me que estou enganada. Diz-me que não, os dias não morrem por não te ver, as noites não deslizam cruéis por entre nós, o ar não se acaba, que dentro de mim não há nada se não tu. Como gostava que me dissesses que tudo isto não é verdade. Como gostava que não me doesses como doeste da primeira vez.
Custas-me.
carnaval
Sol, a luz, as árvores centenárias e os patos do costume, com os acenos de cabeça primaveris já a denunciar... enfim, a primavera nos animais.
A fotossíntese no Jardim da Estrela sabe bem.
E depois, inventaram os putos histéricos com balões de água na mão.
17.2.09
16.2.09
9.2.09
passagem I
Se não é para ti, é, para quê? É, mas o quê? Se não para ti, para ninguém. Todos os arcos-íris, as gotas gordas de chuva, não servem de nada. Aqui não chove, aqui não há luz colorida. Que me fazes aqui se eu não estou. Que me queres, a mim, que não ando por estes chãos.
Que plurais esquisitos das palavras fizemos nós para agora chover e a luz se decompor em sombras.
8.2.09
brilhante, brilhante
Bom, bom, era que o sol brilhasse com mais força, para que pudéssemos medir forças em brilho. Eu ficava a perder, mas o sorriso radiante ninguém mo tira. Não é meu. Foi-mo dado. De bandeja.
Bem, aceitei-o, é meu. O meu sorriso oferecido.
Como quase tudo o resto, nestes dias de sol interior.