28.5.07
26.5.07
"olhos de mongol"
Doem-me os dedos de te tocar. As cordas de aço, capazes de rasgar pele. E na mongólia, ouve-se, num mosquito, que te preciso. Um corpo para doer, para comer, para cair. Todas as jogadas são pagas a facas afiadas. Olham-me com esses olhos, zorgues, e passam através. Rasgam a razão, enquanto as facas desenham um fio de luz.
Na tua mão.
25.5.07
lua negra
Há cds que davam posts inteiros, daqueles bonitinhos, cheios de coisas-a-fazer-para-se-alcançar-a-felicidade. É bom ouvi-los até se perder o destino. Des-tino.
Pareço condenada a viver com sono a mais e horas dormidas a menos. Talvez porque se atingisse o equilíbrio, haveria de cair no ponto zero, e toda a gente sabe que o zero não existe. Como dizia um personagem qualquer.
21.5.07
o norte do centro
Chegou um dia. Depois uma noite. Outro dia. Outra noite. E na sucessão dos vazios, perdeu-se o horizonte. É que quando não se vê um horizonte, é como perder o último ladrilho do chão debaixo dos pés. É ver de repente que aquela linha desapareceu há muito. Perdeu-se a gravidade, flutua-se agora algures entre nada.
Liberdade suprema.
Liberdade atroz.
Liberdade vazia.