28.5.09
eu não sou
Este é o pensamento de alguém que acredita
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que não é estúpido. Um falar, um
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monologar de si para si mesmo, de quem sabe o que não é, mas que afinal de contas
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não sabe tão bem o que é à sua volta.
26.5.09
sinto
que estou a travar uma guerra.
Dentro do meu dedo.
Com armas de destruição massiva enviadas de oito em oito horas.
25.5.09
21.5.09
amanhã.
Olhar. Desde o céu esmagado no horizonte ao fino grão de areia colado no pé. Sentir o cabelo a mexer, a remexer o ar, o ar a empurrar a água, a água a enrolar-se em duras ondas, as ondas a desfazerem-se em espuma dos dias que passam.
Todos os dias que passaram, que não aconteceram, porque no meio, no horizonte, em tudo, amargura, um azedo não sei de quê, de limão espremido na ponta da língua, de tal forma que não entendo, nunca entendi. De onde, porque sim, como não.
E aí vais, uma vez mais, sem os dias passarem por ti. Sei lá eu o que tens aí dentro, sei sim que olhas por olhos diferentes dos meus.
Olhar, apenas.
Acreditar, só.
E os sonhos a erguerem-se do azul do mar.
Ali à frente, lá.
*19/05/09*